O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, que não haverá apagão de energia no País. Lula defendeu a energia hidrelétrica como "a mais barata e a menos poluente" e disse que as divergências entre os ministros (numa referência às ministras da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Meio Ambiente, Marina Silva) acabam quando a questão chega em sua mesa.
Lula disse que há como resolver os problemas de construção de hidrelétricas no Rio Madeira e citou o caso de Itaipu, onde foi construído um canal de 112 metros de altura para permitir a piracema dos peixes. O presidente defendeu a necessidade de construção de hidrelétricas para o futuro do País e para que não haja um novo apagão no governo de seu sucessor. Ele disse que só há sentido construir hidrelétricas combinando a produção de energia com a questão ambiental.
Lula questionou a greve do Ibama. "Por que o Ibama está em greve não sei", disse o presidente, lembrando que a ministra do Meio Ambiente decidiu fazer mudanças no licenciamento ambiental e na preservação dos parques, depois de quatro anos de estudos. Para o presidente, as pessoas deveriam primeiro permitir as mudanças para depois saber se elas serão prejudiciais. Segundo ele a ministra Marina Silva demonstrou que era preciso modernizar o Ibama. Para o presidente, as pessoas têm medo de mudanças e citou o caso da atuação de Osvaldo Cruz que quando propôs que as pessoas se vacinassem quase foi linchado.