O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, em São Paulo, de forma enfática, o ministro da Previdência Social, Romero Jucá, envolvido em denúncias de corrupção. "Eu não posso tirar ou colocar ministro em função desta ou daquela manchete de jornal", afirmou.
Na defesa que fez de Jucá, Lula disse que, por enquanto, existem "muitas insinuações" a esse respeito. Ele destacou: "Eu acho que quem é político sabe o que significam insinuações, do tipo ‘eu acho e eu penso’. Mas é preciso que haja coisas concretas." Lula assegurou que, por enquanto, o ministro da Previdência Social cumpre "muito bem" a missão. De acordo com o presidente, uma dessas funções é "dizimar e acabar, de uma vez por todas", com as quadrilhas que atuam no País.
"Se quisermos salvar a Previdência, teremos de tomar atitudes duras, que o ministro Romero Jucá está tomando em comum acordo com o conjunto do governo", complementou.
Lula disse também que o trabalho do ministro da Previdência tem a finalidade de assegurar a todos os cidadãos que têm o direito à proteção o recebimento dos benefícios.
Para o presidente, é fundamental acabar com o déficit que a Previdência apresenta hoje. Lula destacou que Jucá tomou a iniciativa de pedir uma investigação das denúncias que o envolvem ao Ministério Público (MP) e à Polícia Federal (PF).
"Ele (Jucá) procurou-me duas vezes para dizer que está pedindo tanto ao MP e à PF que apurem o mais rápido possível porque ele é o maior interessado em que a verdade venha à tona", afirmou.
Desde que surgiram as acusações contra o ministro, esta é a primeira vez que o presidente faz uma defesa com ênfase e em público de Jucá. Lula deu essas declarações no escritório da Presidência da República na capital paulista, após receber para almoço o presidente do Chile, Ricardo Lagos.