Ao lado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu mais uma vez o fim dos subsídios agrícolas concedidos pelos norte-americanos. "O Brasil espera que o mercado de etanol se beneficie de um comércio desimpedido e livre de protecionismo", afirmou em discurso durante discurso no comunicado conjunto dos governos de Brasil e Estados Unidos, em São Paulo.
Atualmente, o etanol norte-americano, a partir do milho, custa 50% mais que o brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar. Mas as barreiras comerciais norte-americanas tornam o etanol local mais barato. Faltando poucas horas para o presidente Bush chegar ao Brasil ontem (8), Lula classificou os subsídios norte-americanos de "nefastos ao livre comércio".
"Precisamos eliminar os desequílibrios que ainda constragem o comércio mundial e agravam as assimetrais que marcam o mundo de hoje", completou Lula, depois de almoçar discutir a questão do biocombustível com Bush, no Hotel Hilton, em São Paulo.
Lula reafirmou a necessidade de destravar as negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comérco (OMC). "Todos podem sair ganhando com um acordo ambicioso e equilibrado, sobretudo os mais pobres. Seriam criadas mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento das regiões mais pobres do planeta", disse.