Lula defende bloco com China e Índia para debater clima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende abrir uma nova frente de disputas diplomáticas entre países emergentes e desenvolvidos, agora no campo de políticas ambiental. Nesta sexta-feira (1º), em Londres, Lula defendeu a criação de um novo bloco entre China, Índia e Brasil para defender os interesses de países em desenvolvimento no tema. A estratégia, similar à já estabelecida nas discussões da Rodada de Doha, visa a evitar que nações ricas imponham limites às emissões de gases que prejudiquem o ritmo de crescimento dos países em desenvolvimento.

Lula foi taxativo ao expor sua rejeição às pressões que nações emergentes têm recebido para que alterem suas matrizes energéticas, determinantes para a produção industrial. "O Brasil não aceita que tentem jogar nas costas dos países em desenvolvimento os males que os países desenvolvidos causaram. Nós achamos que os países em desenvolvimento precisam continuar crescendo, que os países pobres precisam continuar crescendo", disse o presidente.

"Obviamente, não podemos imaginar que países como a Índia, como a China ou como o Brasil podem parar de se desenvolver. Na Índia há 700 milhões de pessoas vivendo em situação de pobreza, e o país não pode deixar de crescer", justificou. Questionado então sobre se suas posições sobre aquecimento global representavam um bloco com China e Índia na defesa dos interesses dos países emergentes, Lula confirmou: "Precisamos avançar pra isso. Por enquanto, temos um bloco que participa das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas eu penso que vamos evoluir".

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