O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta terça-feira (13) um ultimato aos empresários do setor de construção civil: não entrar com pedidos de liminar questionando resultados de licitações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e que cobrem preços justos para a execução dos projetos. "Vou dar um exemplo: a BR 101, no Nordeste, foi dividida em nove lotes. Na primeira licitação houve guerra de liminares entre as empresas, os preços estavam muito elevados e eu cancelei a licitação e dei a obra para o Exército fazer", relatou, prometendo repetir a ação, caso os empresários não façam "afinação" entre si e "coloquem ordem na casa".
O presidente enfatizou os incentivos que sua administração tem dado ao setor da construção civil, entre os quais oferecendo desoneração tributária e linhas de financiamento. "Nos próximos quatro anos, o PAC terá investimentos de R$ 170,8 bilhões em infra-estrutura social, dos quais R$ 106 bilhões em construção civil. A relação entre PIB e crédito está em 33%, sendo que 3% somente de financiamento imobiliário. Queremos elevar de 3% para 15% do PIB essa participação, atingindo o volume de R$ 300 bilhões ao ano", informou Lula.