Poucas horas antes da reunião do Diretório Nacional do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou um pito nos petistas. No jantar para comemorar os 27 anos do partido, que entrou pela madrugada de sábado, Lula foi taxativo: "Não me peçam que o governo entre na disputa ou na briga do PT." Lula disse que o PT corre o risco de se auto-destruir no meio das "pendengas", pediu compreensão ao partido para a montagem do governo e esforço para obter maioria no Congresso, alegando que só assim é possível governar.

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Mas também afagou o PT, atingido por uma crise atrás da outra nos últimos tempos, ao afirmar que todo mundo erra."Quem não comete erros na face da terra e na história?", perguntou.

Foi nesse momento que avisou não estar disposto a entrar na guerra petista, escancarada nos últimos dias com a pressão do partido para as mudanças nos rumos da economia. "No meu sangue corre o sangue do PT, mas não me peçam para deixar de governar o País para 190 milhões de brasileiros e pensar apenas no problema do nosso partido.

Num discurso de improviso, que durou 30 minutos, Lula esbravejou contra os embates protagonizados até no governo. Disse que o PT deveria aprender a identificar os inimigos. "Por que a gente não sabe levantar um pouco a metralhadora para atingir os nossos inimigos e atiramos tanto nos nossos pés?", protestou. "Se a gente levanta a metralhadora na altura do peito, a gente acerta os adversários, mas adoramos acertar a nós mesmos. É fantástico!

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