Davos (Suíça) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a presença de mais de mil empresários em Davos, na Suíça, pra falar do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado na segunda-feira (22). Ele convidou os empresários para que visitem o Brasil a partir de fevereiro para conhecer de perto as oportunidades de investimento oferecidas pelas novas medidas.
"Não vou aqui fazer merchandising para o Brasil. E não vou pedir pra vocês: ?vem para o Brasil, investe no Brasil?. Isso só vai fazer quem quiser ganhar dinheiro e ter segurança no investimentos", disse. Lula pediu que os ministros também convidem empresários.
O presidente lembrou que a primeira aparição pública que fez em fóruns internacionais foi no Fórum Econômico e que foi nessa arena de debates que ganhou destaque a idéia do programa Fome Zero. Nessa visita a Davos, Lula falou de programas sociais como o Bolsa Família, o Luz para Todos, mencionou números da Reforma Agrária e citou políticas de microcrédito, entre outros programas.
Também falou sobre compromissos que assumiu no segundo mandato, como tentar resolver o problema do analfabetismo no Brasil. ?Este é o Brasil que estamos tentando mostrar ao mundo.?
Ele comentou sobre a política econômica e disse que o país aprendeu a combinar políticas de crescimento de exportações com crescimento do mercado interno, controle da inflação com crescimento econômico, superávit comercial com superávit na conta corrente, e disse ainda que o Brasil alcançou um nível de reservas que nunca imaginou.
?O Brasil vive um momento de auto-estima interna e de confiança externa, porque a nossa economia nunca esteve numa situação privilegiada como está hoje?, afirmou, apresentando o país como um lugar estável para investimentos.
Depois desse encontro, Lula teve reunião com cerca de 80 empresários, onde ele e os ministros Celso Amorim, de Relações Exteriores, e Guido Mantega, da Fazenda, fizeram um balanço sobre a política econômica. Mantega falou sobre o PAC, e Amorim renovou o apelo para retomada das negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC) com a Rodada Doha.
