A coligação A Força do Povo ((PT/PRB/PCdoB), do candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva, terá 4 minutos de direito de resposta no Jornal da CBN, programa apresentado pelo jornalista Heródoto Barbeiro. A coligação havia solicitado 6 minutos e 35 segundos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), devido a trechos considerados ofensivos de entrevista ao vivo concedida pelo candidato Geraldo Alckmin, da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL). Por cinco votos a um, o TSE considerou que parte das afirmações foram ofensivas.
A rádio fez uma série de entrevistas de 30 minutos com cada um dos candidatos à Presidência da República. Alckmin foi entrevistado no dia 21 deste mês, às 8h30. Na avaliação da coligação A Força do Povo, em diversos momentos Alckmin ofendeu a honra de Lula, chegando a compará-lo a um ?ladrão de carros?.
A coligação argumentou, ainda, que Alckmin teria ofendido o Partido dos Trabalhadores (PT). ?O que nós estamos vendo no governo federal é uma sofisticada organização criminosa?, afirmou, ao referir-se ao escândalo da tentativa de compra de um dossiê que seria utilizado para incriminar candidatos tucanos.
O único a votar contra o direito de resposta, ministro Marcelo Ribeiro, considerou que se tratava de entrevista ao vivo e, nestes casos, a rádio não tem controle sobre o que vai ao ar. Em resposta, o ministro Cezar Peluso destacou que a lei não distingue entre programas pré-gravados e ao vivo e que as emissoras devem assumir o risco pelo conteúdo veiculado.
?As redes, sejam elas de TV ou rádio, sabem por experiência própria que, quando se abrem os microfones para os políticos em época de eleição, há risco de excessos e elas devem suportar as conseqüências que a lei prevê?, afirmou.
Já o ministro Carlos Ayres Britto concordou ser realmente ?excessivo? apenas o trecho em que Alckmin diz: ?o que nós estamos vendo no governo federal é uma sofisticada organização criminosa?.