Lula compromete-se com empenho na reforma sindical

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu hoje o empenho do governo para a rápida tramitação e aprovação da reforma sindical no Congresso. Foi durante audiência com os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que, junto com representantes dos empresários e o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, entregaram o projeto final da reforma.

Segundo Marinho, Lula comprometeu-se a procurar, uma a um, os líderes dos partidos e também articular a ação da administração federal com os próprios líderes. "Ele também cobrou que nós façamos a nossa parte", afirmou o presidente da CUT. Segundo Marinho, a entrega oficial da proposta no Legislativo, na quarta-feira (02), contará com a presença de representantes de cerca de 500 sindicatos. "Nós já estamos mobilizados e vamos organizar, a partir da próxima semana, um comitê pró-reforma sindical, que ficará funcionando, permanentemente, em Brasília até a conclusão da reforma", disse.

Paulinho disse que a Força Sindical conversará com todos os parlamentares da base aliada para pedir apoio na aprovação do plano com rapidez.

"Vamos pedir urgência para a tramitação da proposta, mas o governo também tem de fazer a sua parte", cobrou.

Mesmo contando com a adesão de quatro centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Social-Democracia Sindical e Centro de Apoio ao Trabalhador), o presidente da Força disse que a idéia enfrentará resistências. "Vai ter resistência no meio do próprio movimento sindical", afirmou. Marinho afirmou que muitos sindicatos não querem mudanças porque perderão o "dinheiro fácil" do Imposto Sindical, que é cobrado de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, e distribuído pelas entidades.

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