O presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje que a mais recente crise envolvendo o seu governo, provocada pela tentativa de compra do suposto dossiê contra candidatos do PSDB, não foi o motivo da tensão provocada ontem no mercado financeiro. Em entrevista concedida em Brasília à Rádio CBN, ele disse que fatores internacionais, como a crise política na Hungria e as dúvidas sobre o comportamento futuro da economia norte-americana e a taxa de juros daquele país, tiveram participação no comportamento do mercado.

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Segundo Lula, a alta de ontem do dólar, que subiu 1,47% ontem para R$ 2,209 e atingiu o maior nível desde 14 de julho, é algo normal em um mercado de câmbio flutuante e até é motivo de satisfação para setores da economia que reclamavam da desvalorização da moeda frente ao real.

"Nós temos um dólar que é flutuante. Em outras vezes que o governo americano começou a aumentar um pouquinho a taxa de juros, o nosso dólar subiu. Agora, nós temos uma crise na Hungria; nós temos uma declaração do presidente do Equador de que irá renegociar a questão da dívida; e nós temos uma crise nos Estados Unidos", listou Lula. "Isso pode ter tido uma interferência na economia brasileira, mas eu posso dizer que a economia brasileira nunca esteve tão sólida nestes últimos 30 anos como ela está agora. Ou seja, essas crises eventuais não nos preocupa", opinou o presidente.

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