Lula: Brasil nunca teve tanto fator positivo na economia

Em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, o candidato à reeleição para a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje que o Brasil, "desde a Proclamação da República", não viveu um momento com a combinação de fatores positivos na economia como está vivendo agora. A reação do candidato foi em resposta à pergunta sobre o aumento da carga tributária e o excesso de gastos públicos.

"As nossas exportações continuam crescendo, estamos batendo um recorde de exportações, vão ser US$ 34 bilhões de exportações este ano, as importações estão aumentando, o salário está crescendo, a indústria está crescendo, obviamente que pode crescer um pouco mais, poderia ser um pouco menos, mas está crescendo. Você não via isso há 30 anos, está vendo agora", disse Lula. "Você sabe que para a gente poder construir uma casa tem que fazer um alicerce. Se não fizer o alicerce cai, como caíram todos os planos mágicos neste país. Nós não fazemos mágica. Resolvemos fazer política com seriedade".

Lula disse que quando o governo aumentou o Cofins foi a pedido das empresas brasileiras para equalizar os preços com os produtos importados. Lembrou também o ajuste da tabela do imposto de renda da pessoa física e das políticas de desoneração na cesta básica e na construção civil. "Foram mais de R$ 20 bilhões em desoneração e vamos continuar no processo. Agora, toda vez que a receita se aperfeiçoar e as pessoas pagarem corretamente e as empresas ganharem dinheiro nós vamos ganhar mais. É importante lembrar que houve ganho das empresas, dos bancos, dos salários e portanto a gente arrecada mais".

Em relação à Saúde, Lula disse que está consciente que falta muito nesta área e das dificuldades no setor. "O que há de concreto é que o SUS, hoje, está muito mais universalizado", disse Lula. "Nós vamos melhorar. Essas coisas que são acumuladas décadas e décadas, você não resolve", disse o presidente, lembrando que foram criados em seu governo 405 centros de saúde.

No final da entrevista, ao ser informado que tinha perdido seus 30 segundos finais, por ter se estendido na resposta, Lula disse que só não usou os segundos finais porque pensou que ia discutir programa de governo "e terminei não discutindo programa de governo", protestou.

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