Lula assiste a queima de fogos em verde e amarelo na Torre Eiffel

As cores verde e amarelo dominaram a queima de fogos de artifício realizada na
Torre Eiffel, o mais famoso ponto turistico de Paris, em comemoração à Data
Nacional Francesa. A palavra Brasil foi escrita em luzes na base da Torre.

Durante pouco mais de meia hora de show pirotécnico, as cores da
bandeira brasileira se misturaram ao branco, vermelho e azul da França e
emocionaram a multidão que assistia nos arredores da Torre. A trilha sonora do
espetáculo também teve tom brasileiro: começou com a música "É", interpretada
por Gonzaguinha ("A gente quer viver todo respeito/A gente quer é ser um
cidadao/A gente quer viver uma nação"), e seguiu "Garota de Ipanema" e canções
de Lenine e Gilberto Gil.

De uma arquibancada especial, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva acompanhou o show ao lado do prefeito de Paris, Bertrand
Delanoe, da primeira-dama Marisa Letícia e dos ministros que integram a comitiva
brasileira.

Ao final, Lula definiu o espetáculo como "um momento de
extraordinária emoção para o Brasil". Para o ministro da Cultura, Gilberto Gil,
o show foi um resultado da "força das culturas".

Durante a recepção nos
jardins do Palácio De l’Elysée, sede do governo francês, o Brasil também esteve
presente: foram servidos para os convidados churrasco, caipirinha e
guaraná.

Apesar do bom resultado, o presidente da Associação Brasileira
das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes,
reclamou das altas tarifas cobradas sobre o produto brasileiro, que chega em
média a 176% do seu valor: "Nós somos o maior exportador de carne do mundo.
Somos o maior supridor de carne na Europa. Nós não podemos ficar esperando mais.
Com esses níveis de tarifa, ficará impossível ser exportador de carne". Ele
acrescentou que "não há produto europeu que chegue ao Brasil com tarifa de 30%
ou 35%".

A estimative da Abiec era servir 3 mil caipirinhas, uma tonelada
de carne e mil latinhas de refrigerante. Questionado sobre o protecionismo dos
europeus no setor de carne, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim,
disse que tanto os consumidores brasileiros quanto os europeus querem ter fácil
acesso à carne brasileira, "que é de qualidade, e o Brasil está negociando com a
União Européia para superar esse obstáculo ? cada vez que se faz um churrasco,
as pessoas provam da carne brasileira e fica mais óbvio".

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