O governo federal apresentou nesta quinta-feira (15) a educadores o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para estabelecer metas de avaliação e de cobrança de resultados nas escolas de todo o País. De avaliações à ampliação do Bolsa Família, todas as ações visam aumentar o alcance e o resultado do sistema educacional, investindo dinheiro e recursos técnicos para tirar a educação do "pior dos mundos", conforme definiu o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O objetivo é enfrentar os resultados pífios das últimas décadas, que criaram uma geração de crianças e jovens que estudam mas não aprendem, abandonam a escola e engordam a legião de adultos com baixa escolaridade no País. O foco principal é a educação básica.

O Ministério da Educação pretende usar as avaliações feitas há 10 anos para criar metas para cada sistema municipal e estadual de educação, assim como para o País. Agora, o governo federal vai transformar as avaliações em notas, de 0 a 10, conjugando os resultados da Prova Brasil – uma avaliação nacional de todas as turmas de 4ª. e 8ª série do ensino fundamental – com os índices de repetência e evasão escolar.

Exigências

A adesão ao plano, chamado de Programa de Metas Compromisso Todos pela Educação, será voluntária. Para ter direito a assistência, municípios terão que concordar com uma série de exigências, que vão desde regras claras para escolha de diretores até, uma das principais, conseguir alfabetizar as crianças até os 8 anos de idade.

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Para saber se a alfabetização está funcionando, o ministério vai criar mais uma avaliação, a "Provinha Brasil", para ser feita com crianças entre 6 e 8 anos. Até hoje, a primeira prova nacional era feita na 4ª. série e que levou a reclamações do presidente.

Bolsa Família

Na outra ponta, o governo pretende investir para tentar evitar que mais jovens deixem a escola cedo demais. A ampliação do Bolsa Família para jovens de 16 e 17 anos pretende impedi-los de sair da sala de aula antes de completar o ensino fundamental em troca de uma pequena bolsa, paga diretamente ao adolescente, não a sua família. Ao completar a escola, o jovem receberia ainda uma poupança, um valor maior para usar como quisesse.

Infra-estrutura

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O pacote ainda inclui medidas para melhorar a formação de professores, o transporte escolar, colocar computadores nas escolas, ajudar municípios a construir mais creches e melhorar a qualidade do material didático para as escolas. Ao todo, o plano de educação deverá custar R$ 8 bilhões nos próximos quatro anos. Em 2007, de acordo com o Haddad, a idéia é investir R$ 1 bilhão apenas no programa de metas.