O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira, ao inaugurar o Hospital Geral de Palmas, que deseja atender a todos os pedidos que recebe, mas que não pode fazer promessas que não pode cumprir.
Na solenidade, ele ouviu vários pedidos da população e do governo de Tocantins, como melhoria do ensino técnico, criação de um curso de medicina no estado e construção de trecho da ferrovia Norte-Sul.
"Eu não posso fazer promessa. Eu sou daqueles que preferem perder um voto a perder a vergonha", afirmou o presidente na cerimônia.
Ele lembrou um episódio em que recusou compromisso na campanha presidencial de 1989. "Faltava pouco tempo para as eleições, e eu estava perto de ganhar as eleições. Os companheiros de Santarém queriam que eu fosse ao marco zero da Cuiabá-Santarém anunciar que ia fazer a Cuiabá-Santarém. Eu me recusei a ir ao marco zero porque eu não conhecia o projeto e não sabia se tinha dinheiro. Eu não ia assumir um compromisso de uma coisa que eu não podia fazer", lembrou.
O presidente ressaltou que o problema do país são as obras inacabadas. "Um governo começa obra e, termina as eleições, pára. O outro que ganha não faz aquela obra para não dar valor a quem começou. Nós temos esqueletos no Brasil há 15 anos e 20 anos", afirmou.
Segundo Lula, as reivindicações do estado vão ser analisadas pelo governo federal e informou que já estão garantidos mais de R$ 100 milhões para investir na ferrovia Norte-Sul. "O presidente da República parece Papa. Toda vez que ele chega, o padre pede uma benção a mais", brincou o presidente.