O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta manhã, em entrevista a emissoras de rádio que, apesar de o número de postos de trabalho gerados ainda não ser suficiente para resolver o problema do desemprego, o resultado verificado em seu governo é o melhor dos últimos 25 anos. Durante a entrevista, assegurou que, com as medidas de incentivo adotadas por seu governo, o emprego deverá apresentar comportamento mais satisfatório em 2006.
"A geração de empregos está bem. Ela pode crescer e, no ano que vem, certamente, vai crescer muito mais. E espero que a gente possa ter no Brasil um índice de desemprego compatível com o chamado mundo desenvolvido", destacou o presidente. Citando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, Lula comparou o número de empregos atual e verificado no governo anterior.
"O Brasil, de 1980 até 2002, teve uma situação extremamente desagregadora do ponto de vista do emprego. Nós, em 35 meses, criamos 3,6 milhões de empregos de carteira profissional assinada", citou. "Em oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, nós tivemos um saldo positivo mensal de 8 mil empregos. Nos nossos 35 meses, nós temos um saldo mensal positivo de 108 mil empregos", afirmou, enfatizando o desempenho favorável da economia, principalmente, o comportamento das exportações.
Em outra comparação com o governo FHC, Lula destacou o desempenho do desemprego na região metropolitana de São Paulo. Segundo ele, foram criados 1,300 milhão de empregos na região em seu mandato, contra a perda de 436 mil postos de trabalho entre 1994 e 1998, período do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso.
Como medidas de incentivo à economia de seu governo, o presidente mencionou o crédito consignado, que, segundo Lula, resultou em R$ 29 bilhões de "dinheiro na praça" e a MP do Bem, que teria gerado facilidades para as microempresas.