O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (30), na Confederação Nacional da Indústria, que o Brasil vive um grande momento de transformação, que encontrou sua vocação e que ingressou em um círculo virtuoso. Como indicadores dessa avaliação, mencionou o crescimento econômico, a estabilização da moeda, o salto das exportações, o fortalecimento das instituições, a redução dos desequilíbrios sociais e a expansão do mercado de trabalho. Mas salientou que o projeto de desenvolvimento de biocombustíveis será "o passaporte para o Brasil atravessar a fronteira do desenvolvimento.
A partir da consolidação desse projeto, Lula acredita que o Brasil deverá tornar-se um líder mundial na área de energia renovável. Em sintonia com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, Lula informou que o governo poderá antecipar o calendário de aumento da mistura do biodiesel no diesel. Mas, assim como a ministra, esquivou-se de apontar datas.
"Não nos deixaremos levar pela empolgação e nem colocar o carro na frente dos bois", afirmou. Segundo ele, mais importante que antecipar metas é a consolidação da cadeia produtiva dos biocombustíveis, e não caminhar com a pressa desordenada com o que foram feitas muitas coisas antes no Brasil.
O presidente salientou que o desenvolvimento desse setor abrirá novas oportunidades produtivas, como a exportação da tecnologia de refino de biocombustíveis, e alternativas para a produção de soja e outra oleaginosas, que hoje oscilam conforme os preços internacionais. Lula lembrou ainda que o Brasil continuará a explorar novos campos de petróleo, mas disse que o País não pode ser totalmente dependente do combustível fóssil, cujo preço não retornará aos patamares anteriores.