A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou lucro líquido de R$ 409,464 milhões no segundo trimestre de 2006, uma queda de 2,32% sobre os R$ 419,202 milhões de igual período de 2005. O resultado ficou 12,7% abaixo da média projetada por analistas consultados pela Agência Estado – de R$ 468,8 milhões.
A receita líquida da empresa caiu 24,6%, para R$ 1,918 bilhão, sendo que o faturamento interno recuou 18,2%, para R$ 1,508 bilhão, e o externo diminuiu 41,5%, para R$ 409,565 milhões. O custo dos produtos vendidos aumentou 11,35%, para R$ 1,481 bilhão, e o lucro bruto caiu 64%, para R$ 436,495 milhões. A margem bruta passou de 47,7% para 22,8%.
O lucro operacional antes do resultado financeiro e de participações recuou 31%, para R$ 653,541 milhões, e o resultado financeiro líquido negativo totalizou R$ 101,138 milhões, com queda de 52,69%. O lucro operacional foi de R$ 527,832 milhões, com baixa de 28,55%.
Dívida
A dívida líquida da CSN apresentou um acréscimo de R$ 1 bilhão ao final do segundo trimestre de 2006 em relação a 31 de março, totalizando R$ 6,048 bilhões. Em seu balanço financeiro, a empresa explica que o aumento deve-se ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (R$ 802 milhões), investimentos realizados no período (R$ 485 milhões) e custos de carregamento da dívida (R$ 173 milhões).
A companhia destaca ainda que o aumento do saldo do endividamento bruto no período (de 18,2% sobre março, para R$ 10 391 bilhões) é conseqüência da elevação de empréstimos no curto e longo prazos, com destaque para a quarta emissão de debêntures (títulos), no montante de R$ 600 milhões. "Em termos de custo financeiro e prazo médio do endividamento, observou-se que o custo médio acumulado ficou em 7% ao ano, em reais, ou 41% do CDI, com prazo de vencimento de 10,3 anos", informa.