Pré-candidato à reeleição, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), promete entregar hoje ao Ministério Público as declarações do Imposto de Renda dos últimos cinco anos e se colocar à disposição do procurador-geral Gilberto Giacóia para esclarecimentos. Reportagem da revista Veja desta semana insinua que a evolução patrimonial do prefeito é incompatível com a renda familiar.

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De acordo com a matéria, ele e a esposa Marry recebem pouco mais de R$ 20 mil mensais e, nos últimos anos, os bens passaram de R$ 1 milhão, conforme declarado à Justiça Eleitoral em 2008, para mais de R$ 36 milhões. A reportagem diz que Ducci comprou dois apartamentos em Curitiba avaliados em mais de R$ 6 milhões e duas fazendas que valem R$ 30 milhões. Conforme a publicação, os imóveis teriam sido passados para o nome dos filhos do casal Ducci, “que transferiram seu usufruto para os pais”.

Em nota, o prefeito classifica a reportagem da Veja como “profundamente injusta, difamatória e infundada” e nega qualquer irregularidade na evolução patrimonial dele e da família. “Todos os recursos e bens declarados têm origem comprovada junto à Receita Federal”, diz o comunicado, destacando que “o Ministério Público não iniciou, até o momento, qualquer procedimento a respeito”. Para Ducci, a revista foi “usada por fonte mal-informada e evidentemente determinada a fabricar um falso escândalo”.

Segundo o prefeito, a família tem cinco fazendas, no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, recebidas em herança pela esposa ou adquiridas e registradas legalmente por Marry e os filhos. A matéria afirma ainda que Cícero Paulino, capataz das fazendas da família do prefeito, teria recebido R$ 6 mil mensais da prefeitura por três anos, “mesmo trabalhando a 1.200 quilômetros de distância, em Mato Grosso”. Ducci diz que trata-se de um contador com MBA em administração pública que presta serviços a diversas empresas, confirma que foi nomeado para cargo comissionado no seu gabinete em maio de 2010, mas em janeiro deste ano foi desligado do cargo. “Durante todo o período em que prestou serviços à prefeitura, não houve sobreposição entre função pública e atividade privada”, rebate.

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