As loterias federais administradas pela Caixa Econômica Federal tiveram arrecadação recorde de R$ 4,2 bilhões durante o ano de 2004. O valor é 19% superior em relação ao resultado de 2003, que foi de R$ 3,5 bilhões, e 40% superior ao registrado em 2002, R$ 1,4 bilhão.
Do total arrecadado, mais de R$ 2 bilhões foram repassados aos beneficiários das loterias federais, como a seguridade social, o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), os Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros (COB e CPB), o Ministério do Esporte, o Fundo Nacional da Cultura, os clubes de futebol e o Fundo de Investimento ao Estudante de Curso Superior (Fies). Em 2003, o valor repassado foi de R$ 1,7 bilhão e, em 2002, de R$ 1,4 bilhão.
De acordo com o superintendente nacional de Loterias e Jogos da Caixa, Paulo Campos, o incremento de 2004 deve-se a dois fatores. "Primeiro, foi a reformatação que fizemos em vários estudos lotéricos dentro dos quais é o nosso carro-chefe, que é a Mega Sena, e também o lançamento da Loto Fácil que, com 14 meses de vida, já é o segundo produto em arrecadação, perde apenas para a Mega Sena". Segundo ele, a migração de alguns clientes apostadores das loterias estaduais para as do governo federal também foi um fator considerável para o resultado do ano.
Além do valor repassado às entidades não-governamentais, R$ 77 milhões foram repassados ao Ministério da Educação para aplicação no Fies. O valor corresponde aos prêmios prescritos, ou seja, aqueles em que o cliente apostador não se dirige à Caixa para resgatálos no prazo de até 90 dias. "Ultrapassado esse prazo, o prêmio é prescrito e a Caixa repassa a totalidade ao Mec".
As loterias da Caixa distribuíram mais de R$ 1,3 bilhão em prêmios em 2004 e quase R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos.
