Um exemplo apresentado ao governador foi o
da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) ?Onde Moras?. O
programa, desenvolvido em parceria com o Ministério das Cidades, Caixa Econômica
Federal, Cohab e prefeitura de Londrina, já entregou 69 casas e está em fase de
conclusão de mais 71 para pessoas carentes do município. Segundo o idealizador e
coordenador do programa, Maurício Tadeu Alves Costa, atualmente 10 detentos em
regime semi-aberto participam do ?Onde Moras?.
Alves Costa, que
acompanhou a visita a Pessuti, disse que ?com a participação de 100 detentos
poderiam ser construídas 50 casas por mês, beneficiando os próprios presos no
processo de reinserção na sociedade e as famílias carentes que recebem a moradia
a custo zero?. Para o juiz, a instalação de uma colônia penal agrícola ou
industrial com 320 vagas permitiria manter esses detentos trabalhando e próximos
da família, como a própria lei determina, evitando fugas.
Segundo Valle,
desde 1997 ele já autorizou a transferência de 2.970 presos em regime
semi-aberto para Curitiba, uma média de 390 por ano. ?São detentos que poderiam
estar participando desses programas e sendo recuperados para a sociedade?,
afirmou. Entre as instituições e empresas interessadas, segundo o juiz, estão,
além do Programa Onde Moras, o Iapar, a Embrapa, a prefeitura de Londrina e uma
empresa de reciclagem de plástico local.
