Londrina: cai em 60% índice de infestação do mosquito da dengue

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na última sexta-feira o resultado do último Levantamento do Índice Amostral (LIA) de incidência do mosquito transmissor da dengue, que é de 0,5%. Esse índice representa uma queda de 60% em relação ao último estudo, que registrou, em julho, 1,23%. O levantamento é o quarto do ano e foi feito a pedido do Ministério da Saúde, que também estendeu a solicitação aos demais municípios do Brasil.

Para a realização do estudo foram visitados 5% dos imóveis de Londrina, o que representa cerca de 9.000 estabelecimentos. Desde o mês de maio, Londrina não registra casos da doença. Até agora são 13 casos confirmados na cidade, sendo 10 importados e três autóctones (contraídos no próprio município).

De acordo com a diretora executiva da Secretaria de Saúde, Margareth Shimiti, a queda no índice se deve a vários fatores, entre os quais a manutenção de climas amenos na cidade, que retardam o ciclo de desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti; a eliminação dos focos existentes, graças ao trabalho de campo das equipes da secretaria e à conscientização da comunidade. “Este é um índice excelente”, disse a diretora. Para que não haja a ocorrência de epidemias, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti menor de 1%.

Diferentemente do estudo anterior, o levantamento atual não indica os índices por região, já que, segundo Margareth, outra metodologia de estudo foi empregada. Porém, a pesquisa apontou os recipientes de maior concentração do mosquito transmissor da dengue. Vasos de plantas lideram o ranking, com 45% (contra 27% do último estudo); em segundo lugar vêm as latas, garrafas e recipientes plásticos, com 27% (contra 34%); e, em terceiro, outros depósitos, com 22% (contra 12,73%). No último estudo foram visitados 18.160 imóveis.

De acordo com a gerente de Epidemiologia da secretaria, Sônia Fernandes, nos últimos meses a secretaria constatou que houve melhoria nos cuidados da população no combate aos focos, porém há possibilidade de melhorar ainda mais esses cuidados. Mesmo com a queda no índice e o tempo ameno, a Secretaria de Saúde não interrompeu as ações de combate ao mosquito, como os arrastões e visitas de casa em casa. “Há algumas semanas fizemos um arrastão de três dias na região norte, que tinha focos do mosquito”, disse.

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