No começo da próxima semana (dias 16 e 17), o presidente Hugo Chávez recepciona em Caracas chefes de governo sul-americanos para um encontro de cúpula energética. É o primeiro evento oficial sobre o tema, depois da áspera condenação que Fidel Castro e o presidente venezuelano fizeram contra o expansionismo da produção de álcool e etanol para garantir o abastecimento do mercado norte-americano.

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Sobraram algumas farpas certeiras para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que para todos os efeitos desfruta de amizade bastante próxima tanto com o comandante de Cuba, quanto com o criador do ?socialismo do século XXI? e líder da revolução bolivariana.

Ainda não se sabe ao certo qual será a posição do presidente brasileiro em Caracas, embora seu assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, que não tem ligações com o Itamaraty, mas dá conselhos sobre diplomacia, tenha afirmado que Lula pretende lançar mão do estilo ?paz e amor?.

Ou seja, o versátil e espirituoso Lula, a quem não faltam argumentos e metáforas que julga perfeitos para quaisquer ocasiões, desta vez, poderá ouvir mais do que está acostumado, limitando suas intervenções ao nível da prudência.

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Lula sabe que Fidel não pode viajar, embora Chávez lá esteja com a língua afiada…