?O muro que existia entre os dois parlamentares começou a ser desmontado?, disse o senador Ney Suassuna depois do almoço, acrescentando que apesar das divergências ainda existentes, ?houve um clima de distensão nas conversas?, que continuarão amanhã.
O relator José Mentor, no entanto, disse que está disposto a manter os 1.400 pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal, mesmo que tenha que refazê-los um a um. ?Se houve equívoco, a forma não pode comprometer o conteúdo. Todos os pedidos têm critérios de investigação?, afirmou.
O deputado José Mentor desafiou os parlamentares a apresentarem provas de que alguns pedidos de quebra de sigilo foram autorizados sem a devida consistência. ?Eu quero que me digam em qual requerimento não há indícios de irregularidades. Me apontem. Estou falando do que há prova de ilegalidade. Há pessoas que talvez não conheçam os critérios do relator?.
Os líderes partidários defendem que seja definida uma agenda de consenso para convocações e requerimentos, a fim de que a CPI conclua os seus trabalhos. ?A CPI não pode encerrar os seus trabalhos sem cumprir os seus objetivos. Há concordância geral de que a CPI não está seguindo o melhor curso, mas também não há entendimento de como resolver os problemas?, ressaltou o vice-líder do Governo na Câmara, Paulo Bernardo.
O presidente da Comissão, senador Antero Paes de Barros, também defendeu um entendimento para que os trabalhos da CPI possam ser concluídos. ?Não vai ser da minha parte que teremos dificuldade no diálogo?, garantiu.
A reunião da CPI do Banestado, marcada para hoje, foi cancelada para que os líderes tentassem chegar a um acordo sobre o rumo dos trabalhos.
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