Líderes palestinos decidiram hoje que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, será enterrado em seu quartel-general em Ramallah, disse o vice-presidente do Congresso palestino à Associated Press. A decisão foi tomada durante encontro de líderes palestino no quartel-general em Ramallah, onde Arafat estava confinado há quase três anos por Israel. “Formamos um comitê para lidarmos com o enterro de Arafat, no evento de sua morte, e o enterro será em Muqata”, disse o vice-presidente do Congresso palestino, Hassan Khreishe, referindo-se ao nome do quartel-general em árabe.

Na França, o primeiro-ministro palestino, Ahmed Qureia, e outras autoridades palestinas encontraram-se com o presidente francês, Jacques Chirac, depois de visitarem Arafat no hospital militar nos arredores de Paris. O ex-primeiro-ministro palestino Mahmoud Abbas disse, depois do encontro, que Arafat está numa situação “muito difícil”, mas que eles foram “encorajados pelas explicações dadas pelos médicos”.

Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Nabil Shaath, afirmou que o cérebro, coração e pulmões do presidente Yasser Arafat ainda estão funcionando e que a possibilidade de eutanásia está “fora de questão”. “Não temos um total entendimento sobre por que seu estado se deteriorou, o que significa que não temos um diagnóstico completo”, disse Shaath, durante entrevista coletiva à imprensa. Ele acrescentou que o longo confinamento de Arafat em seu quartel-general em Ramallah pelas forças israelenses contribuíram para sua deterioração.

Mais cedo, Tayeb Abdel Rahim, um próximo assessor de Arafat, disse que o líder palestino de 75 anos sofreu uma hemorragia cerebral ontem à noite e que sua condição agora é crítica.
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