Terminou sem acordo a reunião de líderes com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo. A oposição quer votar nominalmente a emenda que concede aumento de 16,66% aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo (o governo concedeu 5%). Segundo o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), o governo não conseguiu convencer a sua base a votar contra esse aumento e quer votação simbólica "para que a decisão caiba a cinco ou seis líderes. mas o PFL não abre mão da votação nominal".
O líder do PT, deputado Henrique Fontanta (RS), lembrou que o aumento de 16,66% aos aposentados e pensionistas foi incluído pelo Congresso na MP do salário mínimo e vetado pelo presidente Lula.
O objetivo da oposição, insistiu o parlamentar, é desgastar o governo e impedir a votação de outras propostas importantes, como a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Projeto de Lei Complementar 123/04) e o Fundeb.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, afirmou que a disputa política às vésperas da eleição é normal em uma democracia. Ele acredita que é preciso encontrar equilíbrio entre essa disputa política e os interesses do País para que se possa avançar na votações. "O acordo é uma perspectiva, é uma busca", avaliou Aldo.