Brasília ? Líderes da oposição voltaram a pedir que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) se afaste voluntariamente do cargo. Os pedidos foram feitos hoje (6) após publicação, na revista Veja, de um novo documento. Nele, Cavalcanti teria assinado a prorrogação do contrato da Câmara com a empresa Buani & Paulucci, do empresário Sebastião Buani. Ontem (5), o presidente da Casa divulgou a terceira nota oficial negando qualquer envolvimento nesse processo. "Cada momento que se passa a situação do deputado Severino se complica mais", avalia o o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES).

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Após a publicação do documento, o vice-líder do PPS, Raul Jungman (PPS-PE), foi à tribuna da Câmara e pediu que Severino se afaste do comanda da casa legislativa. Se até quinta-feira isso não acontecer, Jungmann promete buscar documentos para que seu partido entre com uma representação no Conselho de Ética pedindo a abertura de processo de cassação do presidente da Câmara.

Vice-líder do PFL, o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) também voltou a defender o afastamento de Severino Cavalcanti da presidência da Câmara. Para ele, o regimento da Casa não prevê em quais circunstâncias esse afastamento, seja temporário ou definitivo, seria obrigatório.

"Diante da omissão, não há o que fazer além de apelo político. Nós não nos intimidaremos com ameaças do presidente Severino Cavalcanti. Queremos investigações profundas das denúncias", diz o parlamentar baiano. "Não dá para ser juiz e réu ao mesmo tempo. Ele precisa se afastar por ato voluntário para dar transparência e agilidade às investigações feitas pelas instâncias apropriadas para saber qual foi a participação dele no escândalo."

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