O movimento ?O Porto é Nosso?, criado em defesa do Porto de Paranaguá numa reação à tentativa de federalização e até da privatização da gestão dos portos paranaenses, promove neste sábado (30), a partir das 11 horas, um grande ato público em Paranaguá. Além do governador Roberto Requião, o encontro terá a presença de mais de 500 lideranças políticas, dirigentes de federações empresariais, sindicatos de trabalhadores e organizações da sociedade civil.

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Na reunião, os participantes vão manifestar apoio ao governador e expressar repúdio à manobra política para interferência na administração do terminal portuário paranaense. Nos últimos dias, o Palácio Iguaçu e a direção da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) têm recebido inúmeras manifestações em defesa da manutenção da gestão pelo governo do Estado.

Além de receber adesões da população paranaense, o movimento ?O Porto é Nosso? mobiliza importantes e representativos setores da sociedade. Da iniciativa privada, participam do movimento diversas federações e associações empresariais. Vários prefeitos e representantes de associações municipais também estarão presentes. Do setor dos trabalhadores, 12 sindicatos portuários vão reforçar a manifestação.

Alerta – O governador Roberto Requião tem alertado que o mesmo grupo que tentou privatizar a Copel quer agora federalizar o Porto de Paranaguá para, depois, privatizá-lo. Requião diz que haverá perda de competitividade caso o porto deixe de ser público. ?Uma tonelada de grão é exportada no silo público por US$ 1,17, ou R$ 3,35. No sistema privado, a mesma exportação não sai por menos de US$ 7 por tonelada. Este é o efeito da privatização?, avisa.

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No campo político, senadores paranaenses, deputados federais e deputados estaduais de todos os partidos também tem se declarado publicamente contra a tentativa de federalização dos portos. Lideranças políticas regionais e prefeitos de todas as regiões do Paraná assinaram documentos defendendo que a gestão dos Portos de Paranaguá e Antonina permaneça na esfera da administração pública estadual.

Para o deputado Rafael Greca, um dos coordenadores do movimento, ?a manobra desenvolvida na Câmara Federal, por um deputado federal, é a manifestação descarada de uma postura contra o povo paranaense?.

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O deputado destaca que ?embutida nesta manobra, está o interesse de grupos de outros Estados que pretendem escoar suas produções de soja transgênica, o que não é permitido pelo Porto de Paranaguá. Isto porque no Paraná apenas pouco mais de 2% de nossos agricultores plantam transgênicos. Estes grupos encontraram um novo Calabar no Paraná?.