A base aliada articula uma estratégia para realizar votação simbólica do salário mínimo de forma a derrubar a proposta de R$ 275 aprovada pelo Senado Federal na semana passada, e reafirmar a proposta do governo de R$ 260. Segundo o líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), o acordo de procedimentos com a oposição para duas votações nominais já foi cumprido. ?Não há nenhum acordo de procedimentos para a nova votação. Se a oposição tiver condições de fazer votação nominal, ela pode fazer?, afirmou.
Às vésperas das festas de São João, o governo mobilizou todas as suas lideranças para garantir presença dos deputados em Brasília, principalmente os nordestinos. ?São João não vai atrapalhar, ele é um santo bom?, disse o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), ao rebater a tradição histórica de que não se vota nada na Câmara durante a semana dos festejos juninos.
Na liderança do PTB, um dos partidos aliados do governo, a ordem é telefonar para todos os 52 deputados e garantir a presença em Brasília amanhã. ?Temos um grande desafio chamado quórum?, afirmou o líder do PTB, José Múcio Monteiro (PE). Ele acrescentou que a MP do salário mínimo de R$ 260 ?tem que ser votada nesta terça-feira porque os vôos saem de Brasília para o Nordeste até às 21 horas?. Para José Múcio, isso complicaria a presença de parlamentares nordestinos na quarta-feira, caso a votação tivesse que se estender noite adentro.
O vice-líder do PFL na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que a oposição quer votar a MP do mínimo ou nesta semana ou na próxima. No entanto, considerou prematuro afirmar que exista uma estratégia por parte dos oposicionistas para obstruir a sessão de amanhã e atrasar a votação. ?O São João é só na quarta-feira. Se não houver número, aí vamos obstruir para ter casa cheia na semana que vem?, completou.
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