A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), minimizou a importância das acusações da oposição contra uma suposta “escalada autoritária” no governo apontada hoje pelos oposicionistas durante sessão no Senado. Na sua avaliação, a oposição está apenas usando as armas políticas que restam para criticar o governo, dentro da disputa eleitoral.
Ao fazer o seu pronunciamento no plenário, chegou a citar o deputado Antônio Delfim Netto (PP-SP), que teria dito que a oposição perdeu o rumo diante do sucesso do governo na retomada do crescimento econômico. Segundo a senadora, não se justifica a acusação de uma escalada autoritária na apresentação do projeto de lei que institui o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) ou do que cria a Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav). “O conselho dos jornalistas é uma reivindicação antiga da categoria e o projeto é da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj)”, afirmou.
Quanto ao projeto da chamada Lei da Mordaça, que impediria procuradores do Ministério Público darem informações à imprensa sobre investigações em curso, Ideli lembrou que este projeto é de iniciativa do governo anterior. Tanto estes dois quanto o que trata da Ancinav, concluiu, serão discutidos e votados pelo Congresso. “Portanto os projetos não são impopulares nem autoritários, afinal a palavra final será do Poder Legislativo”, disse.
A líder petista evitou, no entanto, comentar as duas minutas de decretos do governo para ampliar o acesso aos dados de sigilo bancário e fiscal quebrados e para impedir que funcionários públicos dêem informação à imprensa sobre investigações em curso.”Não vou falar sobre intenções do governo”, disse.
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