Brasília – Líderes de cinco partidos – PSol, PTB, PPS, PV e PSB – pretendem apresentar ao plenário da Câmara dos Deputados requerimento para retirar da pauta de votações propostas relativas à remuneração parlamentar. "A melhor maneira é sepultar esse assunto e tirar a matéria de pauta", disse o líder do PSol, Chico Alencar (RJ).
A reunião para definir o reajuste para parlamentares, realizada entre o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e líderes partidários terminou sem acordo. Apesar disso, o líder do PT, Henrique Fontana (RS), acredita que o aumento de cerca de 90,7% elevando os salários para R$ 24.500 foi destacartado.
"O que se percebeu é que o reajuste de 90% perdeu completamente a força", disse Fontana. "A única certeza que tenho, ao final dessa reunião, é que o reajuste de 90% não ocorrerá e não será votado. Essa é a minha convicção. É evidente que não posso prever como o plenário vai se comportar, se o presidente colocar a matéria para votar hoje de tarde ou amanhã de manhã", completou.
Ao sair da reunião, Aldo Rebelo informou que colocará hoje em votação no plenário da Casa três propostas discutidas pelos deputados: o fim da verba indenizatória de R$ 15 mil para despesas como combu0stível, aluguel de escritório e alimentação, extinção do 14º e do 15º salários (pagos no início e final de cada ano) e, por fim, propostas de reajuste salarial para a próxima legislatura.
Entretanto, disse Aldo, os líderes ainda podem propor a retirada da matéria da pauta. Antes de deliberar sobre esses pontos, os deputados devem votar quatro medidas provisórias que trancam a pauta.
