O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), protocolou há pouco, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, um requerimento para que o colegiado analise as declarações de bens e renda e de Imposto de Renda dos deputados Paulo Maluf (PP-SP) e Juvenil Alves (sem partido-MG). Esse procedimento está previsto no artigo 18, parágrafo 3º do Código de Ética da Câmara.
Segundo Chico Alencar, a ação tem um caráter preventivo, já que os dois parlamentares respondem a processos por movimentação ilegal de recursos financeiros. Ele pede, no requerimento, para que, se for constatada alguma omissão ou falsificação nas declarações prestadas assim que tomaram posse, que o conselho analise providências a serem tomadas contra esses dois parlamentares.
Defesa
"Não tenho nada a temer. Como homem público que sou, a minha vida, agora, é dirigida pelo artigo 37 da Constituição Federal, que diz que o homem público tem que zelar pelos princípios da publicidade e da legalidade. Se o requerimento apresentado estiver revestido de legalidade, da minha parte, a publicidade não será nenhum empecilho", disse Juvenil Alves.
Ontem, Paulo Maluf, ao ser citado pelo coordenador da Frente Parlamentar de Combate a Corrupção, Paulo Rubem Santiago (PT-PE), por ter foro privilegiado para os processos a que responde, afirmou que não comentaria propostas de outros parlamentares. "Não vou comentar nada sobre isso. Fui eleito com a maior votação da história do Brasil, com 740 mil votos, nos 645 municípios. E fui votado não para ser ministro do Supremo, fui votado para ser deputado federal do meu estado. Estou aqui para trabalhar por São Paulo", declarou Maluf.
