Brasília – O coordenador nacional do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhão, afirmou hoje (18) que não houve ajuda do governo para libertar os integrantes do movimento, presos desde a invasão da Câmara dos Deputados no dia 6 de junho. ?Não pedimos ajuda à Ouvidoria Agrária Nacional?, disse Maranhão, em entrevista coletiva.

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No sábado (15), os 32 integrantes do movimento que ainda estavam presos foram liberados por decisão da Justiça Federal. Os procuradores da República que atuam no caso divulgaram nota em que alegam ter havido interferência do governo para conceder liberdade provisória aos integrantes do movimento.

?Causa grande preocupação o fato do Governo Federal haver interferido diretamente, por intermédio da Ouvidoria Agrária Nacional, órgão alheio á atuação processual penal da União?, diz a nota.

Bruno Maranhão disse que o ouvidor agrário nacional, Gercino da Silva Filho, esteve no presídio no segundo dia de prisão apenas para saber como estavam os integrantes do movimento. ?Gercino é uma das pessoas mais sérias desse país, é um negociador, um homem paz?, comentou.

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Os procuradores manifestaram ainda preocupação quanto à efetividade e tramitação do processo ?pois a maior parte dos denunciados não comprovou possuir residência fixa nem ocupação lícita, e prevê grandes dificuldades para citá-los e intimá-los?.

O membro da coordenação nacional do MLST, Edmilson Oliveira, rebate o argumento do Ministério Público e afirma que as pessoas libertadas no último sábado têm endereço fixo em assentamentos de reforma agrária.

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