Brasília – O líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) se reuniu na manhã de hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, para discutir a pauta de votações durante o esforço concentrado do Congresso.
Um dos itens em discussão é a medida provisória que trata do reajuste dos aposentados, que tranca a pauta da Câmara. Não há consenso entre governo e oposição para a votação. A medida reajusta em 5% os benefícios dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem mais de um salário mínimo.
A oposição quer um índice de 16,67%, o mesmo que o governo deu para o salário-mínimo, mas o governo afirma que não há condições orçamentárias para isso. O líder da oposição, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), afirmou que a oposição vai sustentar a votação dos 16,67%. ?Não podemos reajustar o piso (o salário mínimo) a uma taxa de 16,67% e quem ganha dois salários mínimos (ter correção salarial) de 5%, porqeu com isso em um prazo muito curto, todos iriam ganhar o piso?.
Para o líder do PSB, Alexandre Cardoso (RJ), a proposta da oposição é ?oportunismo eleitoreiro?. ?A oposição, que governou este país por oito anos, não deu esse aumento e agora, por oportunismo, quer dar o aumento de uma só vez. O oportunismo eleitoreiro está gerando uma esquizofrenia política?.
A MP perde a validade no dia 10 de agosto e, caso não seja votada, os aposentados perdem o reajuste de 5% e ficam com apenas 3,21%, o índice previsto em lei. Neste momento, Beto Albuquerque está reunido com os líderes dos partidos da base aliada, na sala da liderança do governo na Câmara.