Um tribunal alemão determinou neste fim de semana, em Colônia, que a gigante da biotecnologia Monsanto publique um de seus relatórios confidenciais, depois que a empresa tentou impedir a disseminação do relatório em questão. O documento de 1000 páginas está no centro das atenções internacionais depois que seus resultados foram publicados pelo jornal britânico The Independent.
O Greenpeace pediu para ter acesso ao documento na Alemanha com base numa lei européia que afirma que o público tem o direito de conhecer todos os documentos que estejam relacionados com a avaliação de riscos de plantas transgênicas. Depois que as autoridades alemãs autorizaram o acesso ao documentos, a Monsanto entrou com um processo legal contra o governo da Alemanha, numa tentativa de tentar parar a publicação do documento. O Greenpeace se uniu ao governo alemão neste caso e, com a decisão, o estudo original será disponibilizado para conhecimento público.
?Essa é uma vitória importante ? tanto para o Greenpeace quanto para as pessoas. A estratégia da Monsanto de manter segredo e de não ter transparência em seus atos falhou, e agora o documento poderá ser objeto de investigações independentes?, disse Christoph Then, da campanha internacional de engenharia genética.
O referido estudo sobre impactos nos ratos encontrou efeitos significativos no sangue e nos órgãos de ratos alimentados com o milho transgênico MON863, fabricado pela Monsanto. Diversos cientistas em toda a Europa que viram o estudo expressaram sua preoupação sobre as implicações dessa variedade de milho na saúde e na segurança alimentar.
A divulgação da pesquisa está provocando grande impacto na opinião pública mundial. Os fatos científicos que estão se tornando conhecidos do público, confirmam e embasam a posição do Governo do Paraná que adota o princípio da precaução em relação aos riscos da soja transgênica tanto para a saúde humana como para o meio ambiente.
