Liberações do BNDES atingiram R$ 33,3 bilhões em 2003

Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou o valor recorde de R$ 33,3 bilhões em 2003, de acordo com informações do balanço da instituição, descontadas as operações de recuperação tarifária do setor elétrico. O número evidencia um crescimento significativo nas liberações nos últimos meses do ano passado. Os desembolsos efetuados até setembro chegaram a R$ 18,97 bilhões. O balanço foi divulgado pelo diretor finenceiro do banco, Roberto Timótheo da Costa.

O superintendente da área de finanças do banco, José Roberto Fiorêncio, explicou que, em relação aos desembolsos registrados no ano anterior, de R$ 32,153 bilhões, o crescimento observado em 2003 não foi tão expressivo, devido à valorização do real.

Os ativos totais do BNDES alcançaram R$ 152,125 bilhões em 2003. O lucro de R$ 1,038 bilhão foi recorde também em termos nominais. A decisão da diretoria do banco e do Conselho de Administração de distribuir dividendo mínimo legal de 25% do lucro para o acionista majoritário (Tesouro Nacional) contribuiu para a construção do patrimônio líquido de R$ 12,857 bilhões.

Os indicadores mostram o fortalecimento do BNDES, comentou o superintendente. Ele afirmou que a renegociação da dívida da AES, controladora da Eletropaulo, entre setembro e dezembro do ano passado, possibilitou a melhoria generalizada nos diversos itens do balanço do banco, “o que resultou no crescimento bastante substantivo do patrimônio e do lucro?.

A inadimplência total na carteira do BNDES, que era de 6,1% em setembro, caiu para 3% em dezembro. O diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, revelou que a inadimplência foi reduzida de R$ 7,1 bilhões em setembro para R$ 3,7 bilhões em dezembro de 2003.

O superintendente Roberto Fiorêncio informou que as negociações em curso em 2004 indicam que, em um futuro próximo, esses indicadores vão declinar para patamares inferiores a 3%. As provisões sobre a carteira total, que alcançavam 7,3% em setembro, evoluíram favoravelmente para 4,4% no final do ano passado, por conta da renegociação com a AES.

Com 89% dos créditos classificados entre os níveis de risco AA e B, contra 81,1% nos bancos privados e 75,1% nos bancos públicos, o diretor financeiro Roberto Timótheo assegurou a boa qualidade da carteira de financiamentos do BNDES, acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

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