Liberação de recursos e os gastos com obras públicas reduziram superávit primário

A liberação de recursos para atender emendas de parlamentares e os gastos com obras públicas neste início de ano reduziram pela metade o nível de superávit primário (a economia que o país faz para pagamento dos juros da dívida) no primeiro bimestre do ano.

De acordo com o relatório de Política Fiscal liberado hoje (28) pelo Banco Central, o superávit primário de fevereiro foi de R$ 4,729 bilhões ? 54,2% maior que no mês anterior, de R$ 3,066 bilhões.

No acumulado do bimestre a economia chegou a R$ 7,795 bilhões, o que corresponde a 2,4% do Produto Interno Bruto (a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) ? 49,4% menor que os R$ 15,419 bilhões contabilizados no primeiro bimestre do ano passado, que corresponderam a 5,3% do PIB.

O superávit acumulado nos 12 meses fechados em fevereiro soma R$ 85,881 bilhões, o que equivale a 4,38% do PIB, mantendo-se em patamar acima da meta fixada para o ano: 4,25% do PIB.

A economia obtida no bimestre está longe de cobrir as despesas com juros da dívida pública, que atingiram R$ 13,348 bilhões em fevereiro e acumulam R$ 31,276 bilhões no período. Esse valor corresponde a 9,8% do PIB, comparativamente maior que a equivalência de 8,2% do PIB janeiro/fevereiro de 2005. A necessidade de financiamento público nos últimos 12 meses subiu para R$ 78,6 bilhões (4% do PIB).

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