LG Philips demite após queda na venda de TVs

Depois de anunciar a demissão de 420 trabalhadores na última quinta-feira, a unidade da LG Philips em São José dos Campos (SP) decidiu dispensar 217 funcionários a partir de 1º de dezembro. O principal motivo para a dispensa é a queda nas vendas de cinescópios (tubos de imagem) para televisores de 14 e 20 polegadas.

"A empresa também alega que não vai mais vender para o exterior, por causa do valor do dólar e pretende encerrar uma linha de produção e ficar somente com o mercado interno", disse o presidente do sindicato dos metalúrgicos de São José, Adilson dos Santos. A LG Philips tinha, até esta semana, 1.350 trabalhadores.

Assim que souberam que a empresa acabaria com uma linha de produção de cinescópio, ainda na quinta-feira, os trabalhadores entraram em greve imediatamente. A paralisação durou 24 horas e cerca de 20 mil cinescópios deixaram de ser produzidos. O trabalho só foi retomado depois que a empresa aceitou negociar com o sindicato e propôs a formação de um grupo para revezar com os três turnos.

"Cada trabalhador vai fazer oito horas e este grupo, de cerca de 200 pessoas, vai fazer as folgas. Desta forma, pelo menos conseguimos evitar que metade fosse para rua", explicou o diretor sindical, Nelson Faria. Apesar do acordo, o clima entre os trabalhadores foi de muita tensão durante toda tarde. "Ninguém quer um presente de Natal como este, a gente fica abalado", disse o metalúrgico Wilson dos Santos.

Há cerca de três anos a empresa tinha 1.700 funcionários e neste período, dispensou cerca de 350, alegando crise no setor de vendas de tubos para a fabricação de televisores menores. Segundo o presidente do sindicato, Adilson dos Santos, a empresa vai reduzir de 6 milhões para 4 milhões de unidades de tubos de imagem em 2007 e o principal motivo é o crescimento pela procura dos televisores 29 polegadas.

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