O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, manteve a cautela ao ser questionado hoje sobre as novas projeções de crescimento econômico do País, ainda que existam indicações de uma retomada da atividade superior à prevista para este ano.
“Não devemos ser precipitados neste tipo de previsão”, disse. Segundo ele, “qualquer que seja o número (do PIB), este deverá mostrar o caminho de uma boa retomada”. Hoje circularam informações de que o índice do Produto Interno Bruto no primeiro semestre de 2004 teria atingido entre 4,5% e 5%. A previsão do governo federal para todo o ano era de 3,5%.
O secretário participou de uma reunião com empresários da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), onde demonstrou que o governo pretende manter a política fiscal, ainda que não pretenda aumentar a carga tributária. “Queremos que a carga tributária comece a cair, para isso teremos de fazer um esforço redobrado para abrir espaço para o investimento público”, avalia.
O grande objetivo do governo federal, conforme o secretário, “é aumentar o horizonte de planejamento e garantir tranqüilidade para os investidores”. Levy acredita que o descolamento entre o cenário externo, principalmente após os sucessivos aumentos das cotações do barril do petróleo, e o risco País deverá continuar. “Cada país deverá reagir de uma forma distinta com relação ao aumento dos preços.
No caso do Brasil o risco é de uma pequena pressão inflacionária, mas o país é praticamente auto-suficiente na produção de petróleo. O importante é ver se a economia mundial como um todo vai ser gravemente afetada ou não por esta situação. Por enquanto, as indicações do crescimento econômico mundial são relativamente benignas”, avalia.
O Tesouro, segundo Levy, deverá continuar buscando a redução da dívida interna brasileira indexada ao dólar. Desde o início do governo Lula, este patamar caiu pela metade, passando para cerca de 9% do total. O secretário afirmou hoje ao secretário de Estado da Fazenda em Minas, Fuad Noman, que o Estado conseguirá obter “no curto prazo” os avais necessários para a obtenção de financiamentos em organismos multilaterais de crédito como o Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid). Minas pleiteia um volume de US$ 350 milhões para serem aplicados em projetos de saneamento básico, estradas, eletrificação rural e apoio a micro e pequenas empresas.
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