Lessa e Collor estão tecnicamente empatados em Alagoas

A campanha eleitoral em Alagoas chega à reta final com dois candidatos tecnicamente empatados nas pesquisas de intenções de votos: o governador Ronaldo Lessa (PSB) e o ex-presidente Fernando Collor (PRTB). Lessa lidera a pesquisa do Ibope, com 43% da preferência do eleitorado, seguido por Collor, com 37%. Os outros quatro candidatos, Geraldo Sampaio (PDT), Judson Cabral (PT), Ricardo Barbosa (PSTU) e Elias Barros (PTN), juntos não passam dos 6% das intenções de votos.

A polarização da campanha tem beneficiado o governador, que se apresenta como o anti-Collor e vem pregando abertamente o ?voto útil?. Em seus comícios, ele diz que é único candidato capaz derrotar o ex-presidente no primeiro turno e pede aos eleitores para quem não desperdicem seu voto. O candidato do PT, vereador Judson Cabral, percebendo essa jogada, passou a bombardear o ?voto útil? em seus programas no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

Judson vem tentando crescer nas pesquisas, vinculando seu nome à candidatura do Luiz Inácio Lula da Silva. Ele viajou para Aracaju para gravar imagens ao lado de Lula no palanque. O candidato do PT à Presidência não quis fazer campanha em Alagoas para não se envolver na briga interna do partido, acirrada com a decisão da senadora alagoana Heloísa Helena, que retirou sua candidatura ao governo do Estado por não aceitar a aliança PT/PL.

O vice-governador Geraldo Sampaio, que registrou em cartório o seu programa de governo, vem utilizando o seu tempo no guia eleitoral para tentar derrotar Collor. A estratégia tem como objetivo uma reaproximação de Lessa, num eventual segundo turno. Outro que vem utilizando essa mesma tática é o candidato Elias Barros, que desde o início da campanha elegeu o ex-presidente como alvo. Segundo ele, ?o objetivo é mandar o carioca de volta para Miami?.

As trocas de acusações entre Lessa e Collor contribuíram para deixar as propostas de governo em segundo plano. Os assuntos mais debatidos foram a dívida do Estado, de cerca de  R$ 4 bilhões; os baixos indicadores sociais que colocam Alagoas entre os Estados mais pobres do país; o desemprego e suas conseqüências: fome, miséria e violência. A obra mais disputada entre os candidatos foi o Canal do Sertão, que foi retomado este ano, custará R$ 611 milhões e levará dez anos para ser concluído.

Na disputa pelo Senado, os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Teotônio Vilela Filho (PSDB) dispararam nas pesquisas de opinião e estão praticamente reeleitos. Eles fazem campanha casada e foram beneficiados pela retirada do páreo do principal adversário: o ex-governador Geraldo Bulhões, candidato ao Senado pelo PFL. O senador de Collor teve sua candidatura impugnada duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral, por irregularidades na documentação dos suplentes.

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