Quarenta nomes foram listados pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, como integrantes do rol de acusados dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato. A matéria espocou ontem em toda a mídia nacional.
A fornida relação esteve na mente dos brasileiros durante os trabalhos da CPMI dos Correios, que desnudou o esquema de corrupção destinado a tornar realidade o ignóbil projeto de manter o PT no governo federal por longo tempo.
O oferecimento da denúncia do procurador ao Supremo Tribunal Federal (STF) data de 30 de março e a corte indicou o ministro Joaquim Barbosa para relatar o processo, embora este ainda deva dizer se acata ou não a denúncia.
A organização criminosa, dividida por Antônio Fernando em três núcleos (político-partidário, publicitário e financeiro), teve seu chefe supremo na ?segunda pessoa mais poderosa da República?, o então chefe da Casa Civil, José Dirceu de Oliveira e Silva. Esse núcleo foi integrado por José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, os três dirigentes do PT com maior trânsito no governo e, não por acaso, peças vitais no tráfico de influência e captação de recursos financeiros.
Nesse particular o comando foi entregue a Marcos Valério de Souza, não sem o concurso importante do ex-ministro Luiz Gushiken, do banqueiro Daniel Dantas, cujo nome não constou da lista inicial, e dos sócios Duda Mendonça e Zilmar Fernandes Silveira.
O braço político do esquema também está representado no rol em poder do ministro Joaquim Barbosa. Lá estão João Paulo Cunha, Pedro Correa, Pedro Henri, José Borba, José Janene, Valdemar Costa Neto, Anderson Adauto e Emerson Palmieri, e o denunciante-mor Roberto Jefferson.
Os crimes imputados a essa gente digna da consciência malsã dos escroques de primeira plana no noticiário policial não aparecem no prontuário de qualquer pé de chinelo. Por isso, sobre eles, o rigor implacável da lei!
