Brasília – Alterações no projeto original da Lei do Saneamento Básico excluíram instrumentos importantes para a melhoria da qualidade de vida da população, acredita o assessor de saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) Edson Aparecido da Silva.

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Uma das alterações foi a falta de menção a instrumentos de defesa do consumidor. "Isso para nós é ruim, porque a versão da lei que foi discutida antes da lei aprovada colocava o Código de Defesa do Consumidor como um instrumento importante na lei", afirma o assessor.

Edson da Silva também cita a ausência na lei de um artigo que trata da criação de um programa de recuperação, revitalização e fortalecimento dos operadores públicos de saneamento. ?Essa era uma proposta que chegou a ser veiculada logo no inicio das discussões, deu origem ao projeto de lei apresentado pelo governo e depois acabou sendo retirada?, explica.

Segundo o assessor, os vetos também introduziram modificações importantes na lei. ?A lei era uma coisa, e a lei com os vetos virou outra?, diz ele. Ele destaca o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao artigo 54, que garantiria benefícios fiscais para as empresas que investissem no setor.

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?Nós achamos esse veto negativo. Ele dizia que os investimentos feitos em ativos permanentes e mobilizados no serviço público de saneamento poderiam ser utilizados como crédito e ser descontado na contribuição de PIS e Cofins. Com o veto, essa possibilidade de ter um desconto acabou sendo anulada?, disse o assessor.