Foi dada a largada para a corrida presidencial na Argentina. O ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, confirmou que "já tomou a decisão" de ser candidato à Presidência e que "está ultimando os detalhes para o lançamento da candidatura". Lavagna será o principal rival do presidente Néstor Kirchner, que ainda não se decidiu sobre a reeleição ou se apresentará sua mulher, a senadora Cristina Fernández de Kirchner. As pesquisas de opinião dão vantagem ao casal Kirchner, mas o segundo lugar é de Lavagna que vem costurando acordos com a oposição desde o ano passado.
Lavagna admitiu ter recebido "pressões fortíssimas dentro e fora de seu grupo político para que tivesse uma definição" sobre a candidatura. Ele destacou que "esta decisão é independente" de quem será o candidato oficial: Néstor Kirchner ou Cristina Fernández de Kirchner. O ex-ministro que negociou a saída do default e abriu o caminho ao crescimento do país após a derrocada de 2001/2002 mostra-se confiante na disputa.
Ele disse que sua intenção é apresentar "uma alternativa que supere" o modelo atual porque a "Argentina tem uma grande oportunidade que devemos aproveitar". Lavagna considera que Kirchner não tem um programa para os próximos anos. Ele advertiu que "há uma profunda incapacidade do governo para compreender que estão colocando recursos onde não devem e deixando de colocar onde é necessário".
