O delegado Wilson Frazão, do 4º Distrito Policial de Marília (450 quilômetros de São Paulo) recebeu nesta quarta-feira o laudo da Polícia Técnica sobre o acidente envolvendo o jogador Guilherme, do Corinthians, na madrugada de 5 de outubro. Frazão não quis comentar o laudo técnico, mas confirmou que ficou constatada a culpa de Guilherme que dirigia o BMW naquele dia.
O carro do jogador atravessou a pista para o lado contrário (contra-mão de direção) e bateu de frente com o Escort que era dirigido por Marcelo Aparecido de Souza, de 31 anos. Souza morreu no local junto com a sogra dele, Benedita Fossaluza, de 70 anos.
O advogado da única sobrevivente do acidente, Rosilene Fossaluza de Souza, de 31 anos, Sérgio de Jesus Hermínio, já está com uma cópia do laudo da Polícia Técnica, e disse que ele será importante para as duas ações que pretende mover contra o jogador assim que estiver concluído o inquérito: uma criminal e outra cível (indenizatória).
Hermínio confirmou que Guilherme pagou as despesas dos funerais e do Hospital das Clínicas, onde Rosilene ficou internada até a semana passada e passou por várias cirurgias por causa de fraturas no punho, joelho e fêmur, além de extirpar o baço que foi perfurado no acidente.
Agora, Sérgio Hermínio está tratando junto aos advogados que representam o atleta sobre um acordo financeiro para Rosilene, que perdeu o marido com 31 anos e tem uma filha (Geovana) de 5 anos. Ela continua se recuperando na casa de uma irmã, na zona Sul de Marília, numa cadeira de rodas. O advogado não confirmou, mas Rosilene poderá prestar depoimento nesta quinta ou sexta-feira ao delegado Wilson Frazão.
Ela é a testemunha mais importante do inquérito e garante que se lembra de tudo o que aconteceu naquele dia, confirmando que Guilherme foi para a contra-mão de direção com o BMW e bateu de frente com o Escort que era dirigido pelo marido dela. O prazo para conclusão do inquérito termina na semana que vem e Guilherme será o último a ser ouvido pelo delegado Frazão. Ele não informa o dia do depoimento.