1) Em vocábulos como homicida, tem-se um primeiro radical (homo = semelhante) que se junta a outro radical (cida = aquele que mata).
2) Com idêntica formação, são palavras de uso corrente: bactericida, espermicida, fungicida, herbicida, inseticida, raticida.
3) Em determinados casos, o assassino acaba tendo denominação específica, conforme quem seja a pessoa que é morta: fratricida (que mata o irmão), infanticida (que mata um infante), mariticida (que mata o próprio marido), matricida (que mata a mãe), parricida (que mata o pai), regicida (que mata o rei), suicida (que mata a si próprio), uxoricida (que mata a própria esposa).
4) De modo específico para o vocábulo objeto da consulta (latrocida), uma primeira observação a ser feita é que, para que uma palavra possa ser tida como existente em nosso idioma, será preciso que conste no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, órgão esse que tem delegação legal para listar os vocábulos oficialmente existentes em nosso idioma. E, na hipótese vertente, uma consulta ao VOLP evidencia que ali não se registra tal palavra.
5) Uma segunda observação, a partir da consideração dos demais vocábulos com idêntica formação, é que, em tais palavras, o segundo radical é exatamente o alvo da morte. Ou seja: no caso, ainda que existisse o vocábulo latrocida, só poderia ele significar aquele que mata um ladrão, jamais aquele que comete um latrocínio.
(Fonte: www.migalhas.com.br)