O gol foi de Carlinhos, mas a chuteira era de Robinho. Quando tudo indicava que Fábio Costa seria o herói por ter impedido uma derrota por maior número de gols, outra vez Carlinhos apareceu para mudar a história de um jogo contra o São Paulo e fazer o gol de empate, ontem, por 1 a 1, contra o São Paulo, na Vila. Como aconteceu no Brasileiro de 2005, quando fez o primeiro gol de sua carreira, o da virada da vitória do Santos por 2 a 1, também na Vila.
?Aquele gol também foi com um par de chuteiras que o Robinho me deu. Mas essa chuteira amarela ele me deu quando o professor me convocou para a Seleção. E não tinha sido usada ainda.? Ele diz que quando recebeu a bola, achou que tinha só uma coisa para fazer. ?Fui para o meio e quando vi o espaço, chutei.
O lateral-esquerdo diz que pressentiu que faria um gol, mesmo antes de entrar em campo. ?Disse para os jogadores que estavam comigo no banco que iria fazer um gol e comemorar com eles. Felizmente consegui.
Para ele, esse gol foi o mais importante de sua carreira, porque mantém o Santos na liderança do Estadual, o que poderá lhe dar a vantagem de dois empates nas fases decisivas.
?Mas não me considero herói. Foi um gol muito importante para mim, porque eu estava precisando. Penso que quando o time ganha, a vitória é de todos e quando perde, todos são responsáveis.
O que deixou Carlinhos mais contente foi assistir à festa que a torcida fez no final do jogo, cantando e demorando para sair do estádio. ?A torcida percebeu que o time não merecia de jeito nenhum sair de campo derrotado. Ao contrário: pelo que apresentou no segundo tempo poderia até ter virado o marcador.