Brasília – O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), informou que a comissão está trabalhando intensamente para analisar "toda a papelada" que já está em mãos de integrantes da CPI. Segundo ele, há um vasto material já sendo analisado pela relatoria, pelos técnicos e pelos subrelatores.
Nos arquivos da comissão, há uma pasta eletrônica para cada parlamentar investigado, uma espécie de arquivo eletrônico. Nesta pasta, estão sendo colocadas degravações telefônicas, extrato bancários de depósitos e informações sigilosas. "Há muito por fazer. Temos ainda que formatar um auto de processo para cada acusado. Ao final do relatório, teremos muitas informações, mas algumas poderão ficar para trás. No relatório, não haverá nenhuma carga de injustiça contra qualquer acusado. O documento será de correção e de ética. Podem ter certeza disso", disse Amir Lando.
O presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) informou que o relatório final da comissão deverá ser apresentado até o dia 18 de agosto, quando vence o prazo de 60 dias acordados para o seu funcionamento. Ele destacou, no entanto, que os trabalhos estão sendo acelerados para que o relatório possa ser apresentado na primeira quinzena de agosto. Regimentalmente, a comissão tem 180 dias para concluir seus trabalhos.
Para ele, a decisão de integrantes da comissão receberem as defesas por escrito dos supostos envolvidos com a compra fraudulenta de ambulâncias foi no sentido de ganhar tempo. "Se fôssemos tomar o depoimentos verbal de cada um dos 57 parlamentares, os trabalhos só se encerrariam no final de 2007. E temos pressa para concluir os trabalhos antes do final desta legislatura".
O depoimento de Luiz Antonio Trevisan Vedoim previsto para acontecer na próxima terça-feira (25) na CPMI foi temporariamente suspenso, conforme informou o presidente da CPI. Esse depoimento poderá ocorrer em outra data se os membros da comissão julgarem necessário.
