O coordenador do Programa Nacional para a Prevenção e Controle das Hepatites Virais, Antônio Carlos Toledo, ressalta a importância de se alertar as pessoas para essas doenças, principalmente no caso das hepatites B e C, que têm sintomas difíceis de identificar. “Em geral, o paciente só descobre na fase crônica, que pode demorar até 30 anos para se manifestar”, explica Toledo. Segundo ele, apresentam maior risco de estarem infectadas pessoas que fizeram transfusão de sangue antes de 1993, usuários de drogas injetáveis e pessoas com comportamento sexual de risco.
Para auxiliar no diagnóstico da doença, serão distribuídos 260 mil exemplares da cartilha “Hepatites Virais: o Brasil” para secretarias estaduais e municipais de saúde e médicos. A publicação é um manual técnico, voltado para os profissionais de saúde, que trata da nova estrutura de atendimento das hepatites virais no SUS, além de atualizar os avanços no diagnóstico e tratamento da doença. “Com isso, a partir de janeiro, as unidades básicas de saúde estarão preparadas para o diagnóstico dessa doença”, explica Toledo.
O lançamento oficial da campanha foi feito durante audiência com representantes de ONGs ligadas aos portadores de hepatites virais. Em nome do Fórum Nacional de Consenso das ONGs e Grupos de Apoio dos Portadores de Hepatites e Transplantados Hepáticos (Fonacon), que congrega seis das 13 ONG´s de hepatites existentes, eles aproveitaram para entregar ao ministro um abaixo-assinado com cerca de 15 mil assinaturas apoiando o Programa Nacional para Prevenção e Controle das Hepatites Virais e reivindicando a instalação de mais laboratórios de biologia molecular.
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