Ladrões de semáforos são condenados a um ano de prisão em Curitiba

Dois ladrões flagrados roubando a fiação de um semáforo na avenida Afonso Camargo, em outubro do ano passado, foram condenados a um ano de prisão pelo juiz Antônio Carlos Choma, da 8ª Vara Criminal de Curitiba. A sentença já transitou em julgado, por isso os dois condenados não podem mais recorrer.

João de Carvalho Filho e Osni Guimarães de Carvalho, de 21 e 23 anos, foram presos na esquina da avenida com a linha do trem, perto do Jardim Botânico, no dia 2 de outubro de 2004. Um morador da região presenciou a ação dos ladrões, que retiravam a fiação metálica do semáforo, e chamou a Polícia Militar. A prisão foi em flagrante.

"A polícia agiu com eficiência, o Ministério Público levou o caso adiante e a Justiça foi rápida. Essa condenação deve servir de exemplo para desestimular aqueles que pensam em conseguir dinheiro fácil destruindo o patrimônio público", afirmou o coordenador do setor de equipamentos da Diretran , Rogério Falcão.

Segundo Falcão, o prejuízo registrado no ano passado só com o roubo de porta-focos (a estrutura com lâmpadas dos sinaleiros) chegou a R$ 174 mil. É dinheiro que sai dos cofres públicos, portanto, do bolso do contribuinte curitibano.

Foram 124 equipamentos furtados em diversas regiões da cidade. O coordenador explica que o alvo principal dos bandidos são os "repetidores", que ficam nos postes laterais do cruzamento, a uma altura média de 2,5 metros.

Dificilmente são roubados os semáforos sobre a pista, porque estão instalados num braço metálico a 5 metros do solo. "Não podemos colocar o repetidor numa altura maior porque o equipamento cumpre uma função específica e precisa ser visto pelos motoristas nas laterais", afirmou Falcão.

O coordenador destacou a importância da ajuda da comunidade na proteção ao patrimônio público. "O cidadão não pode ficar calado, precisa denunciar. Foi o que aconteceu neste caso, em que morador só precisou chamar a polícia e deu um exemplo de cidadania", disse ele.

O juiz da 8a Vara Criminal explicou que processo ainda não chegou na fase de execução, por isso a pena dos réus ainda pode ser substituída por pagamento em dinheiro ou prestação de serviços à comunidade, mas os efeitos da condenação são muito sérios. "Eles tinham um passado limpo, e jogaram fora a troco de nada. Agora não mais réus primários e podem parar no presídio, em regime fechado, caso cometam qualquer outro delito", afirmou o juiz.

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