O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, arrancou dos donos de supermercados o compromisso de manter congelados os preços de quase 400 produtos até dezembro de 2007. O acordo original, assinado no fim de 2005, tinha prazo até dezembro de 2006.

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Com o novo e antecipado prolongamento, Kirchner tenta blindar seu governo de uma eventual escalada da inflação até depois das eleição presidencial de outubro do ano que vem, em que pretende candidatar-se à reeleição. Em troca, o governo prometeu moderar as negociações por aumentos salariais. Os sindicatos anunciaram que em 2007 vão pedir aumento de 15%. Mas os assessores do presidente indicam que eles terão de se contentar com 10%.

O governo tomou a decisão de prolongar o congelamento de preços depois de verificar que a inflação de setembro havia sido de 0 9%, maior que a prevista. A inflação acumulada noa ano é de 7 1%. A meta oficial é de menos de 10% em 2006.

A inflação é o maior pesadelo do governo Kirchner, já que a cada 1% de aumento, o número de pobres aumenta em 100 mil pessoas. Mas, para grande parte dos economistas portenhos, o congelamento é "antiquado e autoritário".

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Nos próximos dias haverá a negociação com os "chinos", como são chamados os minimercados no país, por serem, majoritariamente, de propriedade de imigrantes chineses e coreanos, que controlam 40% do setor em Buenos Aires.