Kawall: governo pode elevar PPI sem afetar superávit

O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, indicou nesta segunda-feira (11) que o governo pode manter e atingir a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), sem necessariamente promover um aumento do Projeto Piloto de Investimento (PPI) para mais que 0,2% do PIB, conforme está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Agentes do governo já se posicionaram favoravelmente a um aumento do PPI para 0,5% do PIB em 2007.

"Eu defendi a meta de 4,25%. O que estou dizendo é que se pode ter a mesma meta, já com a proposta do governo com um PPI de 0 20%. Pode-se fazer isso, mesmo elevando o PPI, sem deduzir adicionalmente o 0,20%", disse Kawall, demonstrando que, mesmo que o PPI seja elevado para 0,5%, ele não precisa ser integralmente utilizado para a dedução da meta de superávit.

Kawall considerou a preocupação do mercado com relação ao uso do PPI para dedução da meta de superávit primário como "exagerada" e comparou a inquietação dos agentes financeiros a uma espécie de "chilique". "O que é deduzido ou não da meta é uma segunda questão. Portanto, eu me referi ao chilique do mercado, na medida em que qualquer discussão sobre o PPI é sempre interpretada como reduzir o superávit primário. E eu procurei mostrar que uma coisa não é igual a outra", afirmou.

Por fim, o secretário ainda defendeu a eficácia nos gastos do governo gerada pelo projeto. "É importante se compreender que o PPI é sobretudo um programa que visa a aumentar a qualidade do investimento público. O processo de seleção de projetos é diferenciado e isso é importantíssimo, do ponto de vista do crescimento", disse.

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